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Paulo Guimarães
Vivemos num
enorme corre-corre, o dia não parece ter as mesmas 24 horas durante o dia. Falas
como “Estou sem tempo para parar!”, “Deixa
eu ir que estou atrasado” se tornam cada vez mais comuns entre nós. E é ai
que situações e circunstancias que acontecem sem previsão parecem acabar com nossa
agenda. Um percurso normal de trabalho pode ser transformar numa verdadeira
selva, e uma pequena viagem pode acabar em desastre. A questão é: Será possível
viver com o espírito moderno e ainda ter tempo para as coisas mais simplórias?
O destino existe?
A notícia a
qual parou a programação da rede globo nesta manha de quarta-feira (14/08) é um
exemplo desta fala. O então candidato a presidência da República, Edu
ardo
Campos, cumprindo sua agenda de compromissos para a campanha se viu morto por
um acidente acontecido em Santos. Tanta vida, tantos projetos... acabados ali,
numa pequena viagem para Guarulhos.
Outro
exemplo, já um pouco mais antigo, foi o as duas Torres Gêmeas nos EUA em 11 de
setembro de 2001. A novidade, contudo, é o oposto: quantas vidas foram salvas
por questões de segundos, por contratempos que aconteceram impedindo alguns de
chegarem ao serviço no horário pontual.
No filme Premonição, agora no campo da ficção, o enredo
narra a explosão de um avião com várias pessoas. As cenas pontuam alguns dos passageiros
perdendo o voo por questões banais. Será o destino? Haverá um destino?
Há um antigo
provérbio que resolve bem esta questão. O adágio expressa: “Numa noite escura,
numa pedra escura, uma formiga escura, Deus a vê a ama”. Longe de crendices ou
fé, a escrita aponta para uma realidade que supera a razão humana, isto é, há
algo superior que cuida de cada ser, providenciando o melhor para nossas vidas.
Como assim?
Alguns estão a perguntar: mas pessoas morreram, outras ficaram feridas. A resposta,
mais simples do que se pode imaginar é, mistério!
Mistério de algo que não é capacitado a nós, a gente só pode adentrar a ele,
mas compreendê-lo totalmente é impossível. Digo isto porque causas naturais, ou
falhas humanas serão levantadas nos inúmeros casos citados, mas a vida – um dom
– segue...
E é este
seguir que espanta a cada um de nós, o mal feito ao uns pode ser bom para o
outro. Vingança? Jamais! É a questão do prisma... Somos diferentes, temos
visões desiguais, entretanto olhamos e perseguimos o mesmo objeto, isto é, a
felicidade. Retomando o exemplo do candidato a presidência, o defunto mal foi
enterrado e os adversários e coligações se reuniam pensando quem iria suprir o
falecido (como se isto fosse possível). Vejam que ninguém saberá o que poderiam
acontecer se ele estivesse vivo, mas a questão é: ele saiu da competição, agora,
os partidos devem articular para não perderem “espaço”.
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No jogo do
corre-corre, o Cronos é cruel e marca em cima: os minutos e até os segundos. Que
saudade daquele tempo em que não tínhamos tanta correria e que podíamos
aproveitar um simples oi, jogar uma conversa fora e apreciar — sim aproveitar —
o belo dia que surge a cada manhã. A correria do mundo moderno está
(trans)formando a cada um de nós em corredores de nossos próprios interesses
com inúmeras consequências. E o problema é, afinal, se o destino estará ao
nosso favor ou não nesta estrada da vida, mas isto... é uma outra história.
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