Pinturas na Cueva de las Manos, Argentina.
Retirado do Google
COMUNICAR... É PRECISO
Por: Beto Alves
Quem tem boca...
E as pessoas vão dizendo coisas no seu cotidiano,
nem sempre questionando o real significado. Há expressões seculares que vão
passando de geração a geração e se perpetuam na linguagem popular.
Considerando a finalidade da comunicação que é a
interação entre pessoas, essas expressões conhecidas como “ditos populares”,
cumprem, muito bem, suas funções. Quando se diz: “quem tem boca vai a Roma”, fica claro que se quer dizer que quem
fala não terá dificuldade de chegar ao lugar desejado, desde que pergunte. É um adágio que tem seus méritos. Valoriza as
pessoas esforçadas que não se envergonham de perguntar. Afinal, quem pergunta e
questiona consegue ir aonde bem quiser.
Contudo, poucos sabem que essa expressão, originalmente,
não tem esse significado, embora ela tenha se adequado com propriedade ao sentido
que assumiu. “Quem tem boca vaia Roma”
é o seu real significado. É
justamente isso que as pessoas faziam em relação aos “deslizes” dos imperadores
e as formas de governo que definhavam o império: vaiavam Roma.
Comunicação, palavra derivada do latim “communicare”, significa “partilhar,
tornar algo comum”. Através dela, os seres humanos partilham diferentes
informações entre si, tornando o ato de comunicar uma atividade essencial para
a vida em sociedade. Desde o inicio dos tempos, a comunicação foi de
importância vital, sendo uma ferramenta de integração e desenvolvimento. A
mensagem é codificada num sistema de sinais definidos que podem ser gestos,
sons, indícios ou outros códigos que possuam um significado.
O sucesso da existência humana sobre a
Terra sempre foi marcado pela sua capacidade de comunicação. Ao longo dos
tempos, o homem obteve êxito em suas ações partindo do princípio de que,
diferentemente dos demais animais, podia estabelecer formas de comunicação que
extrapolavam as simples emissões sonoras dos gritos e grunhidos. Através de
sinais e símbolos a comunicação humana foi se aprimorando. As primeiras formas
de comunicação dos homens primitivos, estabelecidas através de símbolos, foram
as pinturas rupestres. Feitas nas rochas, demonstravam o dia-a-dia, expressando
sentimentos, crenças e valores. O homem foi elaborando cada vez melhor as suas
formas de comunicação. Símbolos e sons passaram a se relacionar e nomear coisas,
dando origem à escrita.
O
aparecimento da escrita, datado em 4 mil anos antes de Cristo, teve tamanha
importância, que a historiografia a determinou como o Marco Histórico que
delimita a passagem da Pré-História para a História. A escrita rompeu barreiras
de comunicação entre os diversos povos, que foram elaborando o seu sistema de
símbolos, numeração, calendário, pesos e medidas. A partir da leitura e da interpretação
do mundo, o homem foi se inserindo na esteira do tempo e fazendo a sua história.
A Teoria
do Espelho na Comunicação, referenda que a realidade pode ser transmitida
perfeitamente pelo comunicador, como um espelho reproduz uma imagem.
Entretanto, o ato de comunicar é todo carregado de pessoalidades e intenções.
Como uma brincadeira de “telefone sem fio”, começa com um sentido e termina com
outro diferente do original. Exercitar o ato de se comunicar propiciou ao ser humano
a garantia do seu legado histórico. Poderiam dizer por aí, em tom de
brincadeira, que se não fossem as “fofocas”, não haveria tradição oral.
A comunicação tornou-se uma
necessidade primordial e urgente. As formas são incalculáveis. Parte-se das formas
convencionais às mais diferenciadas. Diante disso, a imprensa assumiu o seu
papel de comunicadora no sentido de ligação entre dois pontos fundamentais: o
fato em questão e o receptor. Cumprindo assim o seu papel, devendo comunicar e
informar, com responsabilidade e respeito,
Comunicação...
eu preciso!?
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