Parece que não tem jeito!!!
Falta de estrutura, dívidas, amadorismo, improviso,
corrupção... a lista negativa não para de crescer quando se trata de futebol
carioca.
O reflexo
negativo de toda a gestão é evidente em seus resultados, clubes grandes e
pequenos. Começando pelos clubes pequenos, não há muito o que dizer. Clubes
frequentemente abandonando as competições por falta de dinheiro, sem patrocínio
e entregue as baratas. Incentivo do governo, que nada!!!
Podemos
pensar: são clubes pequenos, pode até ser de uma certa forma normal isso
acontecer (mentalidade carioca), mas e quando se trata de clubes grandes? Aí a
coisa muda de figura, pois já se mexe com uma paixão hereditária e de massa.
Exemplos não faltam:
Começando pelo Flamengo: O time vive até uma sequência boa de
resultados, classificação heroica para as quartas de final da Copa do Brasil,
boa sequência de vitórias, mas administrativamente está longe de convencer. As
vitórias que eventualmente chegam tapam o sol com a peneira, pois assim como
outros clubes, está afundado em dívidas.
Botafogo: crise embasada por salários
atrasados, irregularidades administrativas e já não ganha um titulo de
expressão há anos. Também é um visitante assíduo da zona de rebaixamento.
Fluminense: Só está na elite do
futebol neste ano e em outros graças ao famoso tapetão, quando o clube utiliza
de artifícios jurídicos para se beneficiar, quando o ético é tentar buscar os
resultados dentro do campo.
Vasco: Já caiu para a 2ª divisão duas
vezes em cinco anos......, está sofrendo para tentar subir, numa campanha
terrível.....enfim, o futebol carioca vive um verdadeiro inferno astral.
Falta de vontade política é um problema!!
Parece que a falta de vontade
política da FERJ cega a instituição, pois há muitos bons exemplos de gestão eficaz
dentro do próprio país. Um bom exemplo é o time do
Cruzeiro, de Minas Gerais. Têm apostado em iniciativas de marketing na
tentativa de elevar a receita, mas baseiam seus bons resultados na negociação
de jogadores para o exterior e na boa reposição das peças vendidas. Enfim, trabalham direito.
Corrupção, um câncer dos novos tempos!!!
Os clubes de futebol do rio
são a paixão do seu povo, logo são um excelente potencial de marketing. Como
então os clubes se afundam tanto financeiramente? Com um câncer chamado
corrupção. A mercantilização do esporte, e em particular, do futebol criou, nos
últimos anos, uma situação nova em que grande fluxo de capitais passou a
envolver as atividades esportivas. A venda de direitos de uso de imagem de
seleções, clubes e jogadores a empresas de produtos esportivos e outros, a
venda dos direitos de transmissão de jogos por TV, rádio, Internet etc.; as
transferências de jogadores entre clubes e de um país a outro, tudo isso,
somado, superou em muito a antiga fonte de recursos que era a renda resultante
da venda de ingressos nos estádios. Numa fase mais recente, grandes grupos de
investidores, fundos de investimentos multinacionais inclusive, atraídos pelo
potencial econômico do futebol, vêm entrando no setor, patrocinando e
tornando-se co-administradores de clubes e jogadores. Esse fluxo desenfreado de
capital faz “crescer o olho” dos cartolas, abrindo um campo para uma corrupção
sem precendentes.
Transformação na raiz já!!!
Somente uma reformulação séria na
cultura administrativa do futebol carioca pode salvar a instituição, mas
enquanto houver falta de vontade política e corrupção, os clubes cariocas, num
curto espaço de tempo, caminharão para a sua própria destruição, algo que já
está subitamente acontecendo. O Rio corre um risco enorme de ter um patrimônio
cultural completamente extinto daqui há alguns anos. O sinal de alerta foi
ligado.
Por Barney Chevrand Campos
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