Por Denys Vassallo
Uma equipe brasileira desenvolveu uma nova técnica
de cirurgia para implantação de eletrodos no cérebro de pacientes com
Parkinson. A novidade, que diminuiu o tempo de cirurgia em até 40% e aumentou a
segurança e a precisão do procedimento, recebeu um prêmio no Congresso Bi-anual
da Sociedade Europeia de Neurocirurgia Estereotáxica e Funcional (ESSFN, na
sigla em inglês), em setembro.
Trata-se de um projeto conjunto entre o Instituto
de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês e o Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) liderado pelo
neurocirurgião Erich Fonoff. O que sua equipe fez foi aperfeiçoar o método de
implantação de eletrodos no cérebro, procedimento necessário para a terapia de
estimulação cerebral profunda (ou DBS, na sigla em inglês).
Até então, o implante dos eletrodos era feito
separadamente em cada lado do cérebro. A equipe de Fonoff conseguiu desenvolver
um mecanismo para fazer os implantes nos dois lados do cérebro simultaneamente.
Movimentação do
cérebro
“Quando se opera o cérebro, ele se movimenta. Quando se faz o segundo lado, portanto, existe uma dificuldade maior de se atingir o alvo, que é pequeno, devido à movimentação que o cérebro pode ter tido durante a operação do primeiro lado. A ideia desse trabalho é que se faça não só com que o tempo seja reduzido, mas também existe um potencial de que haja um aumento da precisão da cirurgia”, diz Fonoff.
“Quando se opera o cérebro, ele se movimenta. Quando se faz o segundo lado, portanto, existe uma dificuldade maior de se atingir o alvo, que é pequeno, devido à movimentação que o cérebro pode ter tido durante a operação do primeiro lado. A ideia desse trabalho é que se faça não só com que o tempo seja reduzido, mas também existe um potencial de que haja um aumento da precisão da cirurgia”, diz Fonoff.
Para Fonoff,
trata-se de um aperfeiçoamento importante que pode, no futuro próximo, ser
utilizado em muitos outros países.
Também fazem parte da equipe que desenvolveu o
projeto os médicos William Omar Contreras, Angelo Azevedo, Raquel Chacon Ruiz
Martinez, Jessie Navarro, Jairo Angelos e Manoel Jacobsen Teixeira. No
Sírio-Libanês, o projeto foi financiado pelo Programa de Apoio ao
Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS). No
congresso ESSFN, a pesquisa foi premiada como o melhor trabalho pôster do
evento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário