O futebol feminino no Brasil já é um esporte popular, apesar da falta de um campeonato mais organizado e de patrocinadores para o esporte.
Mas como foi o início do futebol feminino no país? Muitas atletas antes de Marta suaram a camisa para promover um esporte que até hoje sofre muito preconceito e já foi até proibido por lei. Se o futebol masculino foi, por muito tempo, motivo de polêmica, maior ainda foi com o futebol feminino.
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Oficialmente, a primeira partida de futebol feminino no Brasil ocorreu em 1921, entre senhoritas dos bairros Tremembé e Cantareira (que hoje seria Santana), na zona norte de São Paulo. Essa partida foi noticiada pelo jornal A Gazeta como uma atração “curiosa”, em meio às festas juninas. Isso porque, naquele tempo, as mulheres tinham um papel secundário no esporte, principalmente no futebol. Em geral, as mulheres faziam parte somente da torcida e participavam de concursos de madrinhas de clubes. Em campo, no máximo, davam o pontapé inicial ou disputavam tiros livres.
O preconceito era muito grande e o futebol era visto como um esporte bruto, totalmente impróprio para damas. Em 1941, aconteceu o primeiro jogo masculino apitado por uma mulher, num amistoso entre o Serrano de Petrópolis contra o América do Rio. Na ocasião, o árbitro passou mal e uma atleta da partida preliminar ao amistoso assumiu o apito.
A primeira seleção Brasileira de futebol feminino foi convocada pela CBF em 1988. Na realidade, a seleção era composta apenas por jogadoras do Radar, que cedeu 16 atletas para a seleção vencer o “Women’s Cup of Spain”, derrotando seleções como Portugal, França e Espanha. Foi o primeiro título internacional da nossa seleção.
Depois disso, o futebol feminino cresceu muito e a FIFA passou a organizar os eventos da modalidade, realizando inclusive a primeira Copa do Mundo em 1991, na China (o Brasil foi o nono colocado). Em seguida, veio a inclusão da modalidade nas Olimpíadas de Atlanta em 1996.
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A presença feminina no futebol ainda busca uma afirmação no Brasil. A maior dificuldade é tentar driblar o machismo, que é tão predominante na cultura brasileira, e acabar de vez com aquele antigo pensamento de que a menina ainda ganha uma boneca ao invés de uma bola.
Fonte: www.ultimadivisao.com.br/futebol-feminino-no-brasil-a-historia
Por: Jennifer Carpi.
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